Obrigada Marciano Vasques, Rospo e Sapabela.
Agora estão comigo, neste oceano :-)






BELEZA QUE CHAMA



Passeando num sábado de calçadas, sorvetes e palavras, lá iam os dois amigos, como se estivessem num oceano azul.sonhos. Então Sapela dá a partida no verbo:
—Rospo, você sabe que eu sou bela.
—Centenas de leitores já sabem, minha querida amiga. Mas, está querendo dizer algo, não é?
—A maioria dos sapos e das sapas só gostam do que chama aos olhos.
—Do que chama os olhos? Do que instala a chama inicial?
—Estou falando de chamamento, Rospo. Estou flertando com essas palavras faz tempo...
—Sim, Sapabela, a maioria gosta mesmo muito mais do que chama aos olhos. Porém tem os que gostam do que chama à alma, ao coração.
—São os que têm os olhos mergulhadores, não é?
—Olhos mergulhadores?
—Sim, o olhar que mergulha além da aparência, além da superfície. Claro que apreciamos a beleza, a beleza exterior. Mas, o que precisamos colher com nossos olhos é a beleza interior.
—Precisamos com urgência desse olhar...
—Concordo, Rospo. Mas se quiser ver essa beleza em mim, essa beleza interior...é só prestar atenção no que eu penso...
—Sapabela, você eu viro pelo avesso...
Como é?
—Calma! Você nem me deixa terminar! Eu ia dizendo que você eu vejo por fora e por dentro, ou seja, a sua beleza exterior, de sapa bonita...
—Bela, por favor.
—Sim, bela no exterior, e bela no interior... O seu coração é lindo, Sapabela.

—Rospo, que sorvete gostoso!
— Tem sabor de sábado, não é?
—Sábado de mergulhos.

HISTÓRIAS DO ROSPO — 2011
HISTÓRIA Nº 644
Marciano Vasques

http://casaazuldaliteratura.blogspot.com/

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